domingo, julho 06, 2008

Solidão

Falsa inocência intuída, só
na vã poeira das palavras
o escuro de um incerto imprevisto,
corpo e alma apenas pó.

Meio sem princípio, e fim
Tragado, o ébrio vapor tinto
E abstracção, respiração, sufoco
A alma na solidão em mim.

Guerreira sem alma, a vencida
Da mor dor na batalha vivida.
Um vazio negro, deixa-me tolhida:
Pára, não continues, pára-Me!




Dois focos de luz na penumbra,
Um olhar,
Terno e raiado de desejo
E a minh’alma morta, sem vida.

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