quarta-feira, agosto 16, 2006

Portugal dos pequeninos

Não, não vou falar sobre esse parque de miniaturas dos monumentos e casas típicas portuguesas...

Vou falar de pessoas, ou melhor dizendo, de miniaturas de pessoas... Perdoem-me aqueles que se sentirem ofendidos mas esta é, apenas, a minha opinião, e foi para isso que criei o blog, para me expressar...

Dizia eu, as miniaturas de pessoas que habitam este cantinho à beira mar plantado são, infelizmente, quem conduz e conduzirá (ou será conduzido, às cegas... o que me parece ainda pior) os destinos deste país, moralmente em declínio, porque, perdoem-me o cliché, tendemos a importar tudo o que de menos bom existe por esse mundo fora. Ora parece-me que isso não diz grande coisa de nós. Importamos os talkshows, em que não se fala de quase outra coisa a não ser de mexericos, importamos programas (se lhes podemos dar esse nome) em que actores (que juram não ser) armam uma cena (de teatro de polichinelo) de faca e alguidar porque alguém traiu alguém... e a miniatura vê, comenta, diz mal, e o programa continua...

Somos pequenos. Porque na ausência de vidas próprias tendemos a opinar sobre tudo e todos os que, profunda ou superficialmente, se cruzam no nosso caminho – dizia-me um amigo à pouco tempo, entristecido com o estado das coisas - ... Fulana(o) disse que viu Cicrana(o) com Beltrana(o)... já sabias? Não? E Beltrana(o) falou com... (que me perdoem os Fulanos, Cicranos e Beltranos deste cantinho)... Pois mas foi assim,... e depois foram os três com o Pai Natal ao circo... (só parodiando é que se aguenta)! Mas isto não é importado, é produto nacional, quase tradição, e do pior que há!

Pergunto eu, na ingenuidade de quem já viveu umas coisinhas nesta vida... não têm nada mais interessante para fazer? Para pensar? Para falar! Somos todos pessoas mais ou menos inteligentes (nem sempre é o caso, verdade seja dita!), e nem exigindo que se fale de assuntos mais filosóficos... longe de mim querer invadir o planeta de pensamentos profundos... Por amor à dignidade de cada um metam-se nas vossas vidas e já terão assunto que baste, pensem bem no que fazem e no que dizem, e deixem que cada um fale por si! Não suponham, não assumam, não partam do pressuposto que os outros estão interessados em saber o que é que a Fulana(o) Tal disse, ou fez, ou pensou, a dada altura da sua insignificante existência.

Que tal? Ia ser diferente, não? Experimentem!

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